Evangélicos superam católicos em apostas online, aponta nova pesquisa.

Mesmo com a condenação dos jogos de azar pelas igrejas, apostas digitais ganham força entre os fiéis.

Evangélicos superam católicos em apostas online, aponta nova pesquisa.
Evangélicos superam católicos em apostas online, aponta nova pesquisa. (Foto: Reprodução)

Um levantamento realizado pelo PoderData mostrou um dado curioso e preocupante sobre o comportamento religioso e o avanço das apostas online no Brasil. Segundo a pesquisa, 41% dos evangélicos afirmaram já ter apostado em alguma plataforma digital de jogos, conhecidas como “bets”. Entre os católicos, o número é menor, mas ainda significativo — 34% disseram já ter participado desse tipo de atividade.


Os resultados chamam atenção principalmente pelo aumento expressivo em comparação com o ano anterior, quando apenas 29% dos evangélicos e 22% dos católicos admitiam envolvimento com apostas. O crescimento ocorre mesmo diante da posição firme das igrejas evangélicas, que tradicionalmente condenam os jogos de azar, considerando-os práticas incompatíveis com a fé cristã e potencialmente destrutivas para a vida espiritual e financeira dos fiéis.


O levantamento também apontou que, apesar das diferenças doutrinárias entre as duas religiões, a taxa de endividamento entre quem aposta é exatamente a mesma: 35% dos entrevistados — tanto evangélicos quanto católicos — afirmaram já ter contraído dívidas por causa dos jogos. Esse dado evidencia que, independentemente da fé professada, as consequências financeiras do vício em apostas são igualmente graves e afetam diferentes perfis de pessoas.


A pesquisa foi conduzida entre os dias 27 e 29 de setembro de 2025, com 2.500 entrevistas realizadas por telefone em 178 municípios das 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95%.


O PoderData utilizou um sistema de Unidade de Resposta Audível (URA), no qual os entrevistados ouviam perguntas gravadas e respondiam por meio do teclado do telefone. Também foi aplicada uma ponderação estatística para equilibrar os resultados, levando em conta variáveis como sexo, idade, escolaridade, renda e região do país.




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