O que a nova decisão de Moraes sinaliza sobre possível prisão de Bolsonaro

Ministro permitiu novas visitas ao ex-presidente em datas que chegam à metade de dezembro; na próxima terça-feira, 18, o STF julga recursos da defesa do capitão.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou nesta quinta-feira uma nova (e extensa) lista de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro a visitarem o ex-mandatário em sua residência, em Brasília, onde cumpre prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto. Entre os 13 políticos que receberam aval do magistrado, estão o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP), e os governadores Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, e Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás. 

Em suma, as datas em que as visitas deverão ocorrer foram estipuladas para o período entre 24 de novembro e 11 de dezembro, o que denota uma possível sinalização do ministro em relação à ida de de Bolsonaro para a prisão. 

Na próxima terça-feira, a Primeira Turma do Supremo deve publicar o acórdão do julgamento dos recursos apresentados por Bolsonaro à condenação a mais de 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.

A análise dos embargos de declaração foi aberta em plenário virtual na sexta-feira passada e termina nesta sexta, 14. Mas todos os ministros já apresentaram seus votos e mantiveram a condenação de Bolsonaro e outros réus do núcleo 1. 

A defesa, no entanto, ainda poderá tentar dar outra cartada para ganhar tempo e prolongar a estadia de Bolsonaro na prisão domiciliar por meio da apresentação de embargos infringentes, recurso que pode ser apresentado tendo em vista o voto divergente do ministro Luiz Fux no julgamento da Primeira Turma.